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Marcos Virtúvio Polião foi um arquitecto, agrimensor, engenheiro militar e urbanista romano que viveu no século I a.C. (~70- 25 a.C.).
Deixou para trás uma obra-prima, constituída por 10 volumes “De Architectura” (40 a.C.). Sendo esta obra dedicada ao Imperados Júlio César Augusto porque até Vitrúvio chegar a reforma prestou serviços militares ao imperador.
Esta obra também constituiu o único tratado europeu do período greco-romano que chegou até aos nossos dias e que ainda hoje serve de base para muitos trabalhos arquitectónicos, nomeadamente sobre a arquitectura clássica.
Assim sendo, Vitrúvio estabeleceu a base da Arquitectura Clássica: utilidade, beleza e solidez.
Durante a idade Média, Vitrúvio caiu no esquecimento pela falta de formação académica dos arquitectos, pois a arquitectura era classificada como uma espécie de artesanato e que deveria ser aprendida através da prática com arquitectos experientes.
O tratado
O tratado foi redescoberto na época do Renascimento e tornou-se o texto fundador de um entendimento moderno da arquitectura e da construção.
O 1º volume trata de como um arquitecto deve ser, ou seja, um arquitecto deve ter conhecimentos sobre as mais diversas ciências e artes como: Geometria, História, Matemática, Música, Medicina e até Astronomia.
O 2º volume refere-se aos materiais utilizados na construção de edifícios.
O 3º e o 4º volume refere-se a construção de templos e a importância dada a simetria.
O 5º volume refere-se aos diferentes tipos de prédios: fóruns, teatros e até portos, quebra-mar e estaleiros.
O 6º volume trata dos edifícios privados: casas urbanas e rurais.
O 7º volume remete a decoração interior das casas (inspirado em livros gregos).
O 8º volume refere-se aos processos de construção hidrológica e hidráulica, considerando-se como o pai da ciência da hidrologia, relógio de água e cisternas.
O 9º e o 10º volume referem-se respectivamente de astronomia e construção de relógios solares, além de maquinarias civis e militares.
Igualmente Vitrúvio com a sua inteligência e através dos seus estudos, conseguiu dar uma explicação mais prática sobre a ordem dórica ( primeira e mais simples das ordens arquitectónicas), “Tendo descoberto que o pé correspondia no homem à sexta parte da sua estatura, transferiram o mesmo para a coluna e qualquer que fosse o diâmetro da base do fuste, elevaram-no seis vezes na altura incluindo o capitel, deste modo, a coluna dórica começou a mostrar nos edifícios a proporção, a solidez e a elegância de um corpo viril.”
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