segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

ROMA- 10º L

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Roma

Ao reflectirmos na Roma da antiguidade clássica lembramo-nos primeiramente:
· A vastidão do seu império, um dos maiores de todos os tempos, complicado puzzel de povos e culturas;
· O poder autocrático, centralizado e divino dos seus imperadores;
· A modernidade do seu sistema jurídico, que foi durante séculos, a principal fonte para a organização administrativa e judicial da igreja e dos estados europeus;
· A meticulosa e disciplinada organização das suas legiões que conquistaram o mundo;
· O eclectismo da sua cultura, de matriz helenística, associada a uma síntese original de influências múltiplas;
· O mundanismo da suas elites sociais, em contraste com o esclavagismo e as duras condições da vida da plebe;
A superioridade da sua civilização material que, de um lado ao outro do império, rasgou estradas, construiu cidades, levantou pontes e aquedutos, desbravou florestas, arroteou campos e fundou indústrias, escolarizou e pacificou, numa gigantesca tarefa civilizacional a que modernamente ficou com o nome de romanização.

Resultado de uma longa evolução, as características de – domínio, centralização, lei, ordem, prosperidade económica e material, civilidade, etc. – atingiram a sua grandeza máxima entra o séc. I a.C. e séc. I d.C. Esse período de tempo coincide maioritariamente com a governação de Octávio César Augusto, o primeiro imperador que marcou de tal modo a sua que logo após falecer, o Senado de Roma apelidou o seu tempo de vida como o “século de Augusto”.
A acção de Augusto manifestou-se a diferentes níveis:
· No plano militar: restabeleceu a ordem e a disciplina após a anarquia e guerra civil dos últimos tempos da República: continuou as conquistas e pacificou as províncias, estendendo sobre elas a pax romana;
· No plano político: empreendeu a reforma do aparelho administrativo central e provincial;

· No plano social: apaziguou lutas sociais, reordenando a população com base na igualdade perante a li, para os cidadãos livres, e fazendo recair sobre o montante do imposto pago a possibilidade de ser eleito para os cargos públicos e políticos, como o Senado e as magistraturas. Com estas medidas, o imperador pretendia garantir a coesão do corpo social, mantendo-o fortemente hierarquizado a partir da cúpula, constituída por ele e pela sua família;
· No plano cultural: o imperador, formado na tradição helenística e amante das letras e das artes, usou da prosperidade económica para proteger poetas, escritores, historiadores, intelectuais e artistas, atraindo-os á sua corte e solicitando as suas obras.
· No plano religioso: Augusto preocupou-se em restabelecer a religião tradicional, ligando-a ao culto do imperador. A deposição do poder religioso nas suas mãos permitiu-lhe fiscalizar os sacerdotes e obter a capacidade de interpretar a vontade dos deuses.

Senado
A retórica

Como assembleia política, o Senado foi a mais antiga instituição do estado romano, tendo existido desde a monarquia até finais da monarquia.Durante a República, foi órgão fulcral da vida política romana. Era composto por ex-magistrados nomeados e escolhidos primeiro por cônsules e, depois, pelos censores.Os senadores começaram por ser 300, mas posteriormente Sila duplicou este número e Júlio César triplicou-o.No inicio apenas com funções conclusivas, o Senado foi conquistando um espaço cada vez mais alargado na política romana, passando a dominar em todos os assuntos da vida política com carácter deliberativo e normativo. Geria, como funções normais, a política externa, as decisões de guerra e de paz, a gestão das festas e solenidades religiosas, a administração das finanças e a tomada de medidas relativas à ordem pública. Tal grandeza de funções, agrupadas ao prestígio dos senadores fez as reuniões do Senado, na Cúria, o palco do quotidiano da vida política do império romano durante a república. Sítio onde a Retórica (a arte de bem-falar), foi um importante factor no sucesso dos oradores e na direcção das discussões e votações.Os Romanos começaram por usar a Retórica grega, identificada desde o século V a.C. e teorizada principalmente por Górgias e pelos Sofistas que a incluíram como disciplina na formação dos jovens.Com o Império, o Senado entrou em decadência. Augusto reduziu a 600 membros, nomeados e escolhidos maioritariamente pelo seu imperador, e retirou-lhe grande parte dos seus poderes: deixou de comandar o exército e de intervir na política externa. Contudo, os seus pareceres legislativos – apelidados por senatus consultus – Tinham força de lei e eram os senadores que detinham a administração local em Roma, no resto de Itália e em mais algumas províncias, só as que estavam já pacificadas.

A lei
Durante o Império, a centralização política usou como principal instrumento de coesão do Estado a Lei Romana, um conjunto de normas de Direito, superiormente definidas que, aplicadas igualmente em todo o mundo romano, foram progressivamente uniformizando os procedimentos da justiça e dos tribunais em todas as províncias, sobrepondo-se à diversidade dos direitos locais.A superioridade das lei romanas situava-se sobretudo: na racionalidade e na lucidez dos princípios gerais que enunciavam; no pragmatismo e na experiencia que colocava a análise das situações do quotidiano; na complexidade das situações que contemplavam e que eram vividas, a todos os níveis, nas várias regiões do império.

O Ócio
No século de Augusto, a paz e a prosperidade económica proporcionadas pelas conquistas e pelo bom governo possibilitaram aos Romanos o usufruto do ócio, no dizer de Horácio e de Cícero , “com dignidade”, à velha e austera maneira dos tempos iniciais da República.Contudo, as conquistas haviam alterado substancialmente esses antigos costumes. Roma e Itália viram-se invadidas por pessoas de todas as artes do império: prisioneiros de guerra e escravos, soldados, comerciantes, funcionários, trabalhadores à jorna, aventureiros.
Entre os ricos, o luxo invadiu as residências; o exotismo tomou conta do vestuário e dos penteados; os banquetes e os salões privados eram frequentes e a ida às termas um hábito indispensável e cada vez mais praticado tal qual um ritual social.
A sociedade urbana, multifacetada e cosmopolita, obteve outros hábitos de divertimento público e privado. Na Roma imperial, come divertimentos públicos, popularizaram-se os jogos. Estes existiram desde sempre nas tradições romanas, mas estando também interligados aos rituais religiosos. De facto, no entanto desvirtuados desde o Alto Império, os jogos foram no inicio “divertimentos para os deuses ofertados pelos humanos” e a sua realização obedecia a programas e rituais rigorosamente estipulados.Os mais antigos eram as corridas de cavalos que, em Roma se faziam no Grande Circo, que se acredita existir desde a época da realeza.Outras das festividades públicas tradicionais em Roma eram as Grandes Procissões que estão na origem das representação teatrais entre os Romanos bailarinos e mimos saíam à rua para representar uma espécie de mascarada ritual em frente às estátuas dos deuses, que eram nesses dias retiradas dos templos para seres passeadas na via pública. A esta tradição ligaram os Romanos às influências do teatro Grego.
Os combates entre feras aparecem referenciados entre os jogos romanos desde o século II a.C. Inicialmente, estes jogos envolviam apenas feras a lutarem entra si, mas pouco tempo depois começaram a aparecer caçadas nas arenas e combates entre animais e homens. A partir do imperador Nero, os cristãos perseguidos foram obrigados a lutar contra animais para salvar as suas vidas.

Arte

Arquitectura

Os primeiros exemplos de uma arte verdadeiramente romana encontram-se precisamente na arquitectura, a arte que melhor documenta o génio inventivo de Roma e melhor explica a sua evolução histórico-social. O seu legado constituiu uma valiosa herança para as gerações futuras.Pragmática e funcional, a arquitectura romana preocupou-se essencialmente com a resolução dos aspectos práticos e técnicos da arte de construir, respondendo com soluções criativas e inovadoras às crescentes necessidades demográficas, económicas, políticas e culturais da cidade e do império.
O carácter da arquitectura romana – utilidade e grandeza, solidez, poder e força – expressa-se pelas seguintes características:
· A variedade e plasticidade dos matérias utilizados;
· A criação de novos sistemas construtivos;
· O desenvolvimento das técnicas e dos instrumentos de engenharia;
· O barroquismo da decoração.

Arquitectura religiosa
A arquitectura religiosa encontra-se amplamente representada entre as construções romanas e desempenhou funções conjuntamente religiosas, políticas e sociaisOs edifícios religiosos indicavam, pelo seu valor sagrado e simbólico, os lugares mais importantes das cidades. Entre eles distinguem-se os templos, os santuários e os simples altares. Na sua construção foram notórias as influencias ítalo-etruscas e greco-helenísticas, mas também todo um conjunto de alterações estruturais e decorativas caracteristicamente romanas.Os templos romanos do período republicano apresentavam certas características comuns, a despeito da diversidade de plantas, matérias e dimensões:
· Erguiam-se sempre sobre um pódio;
· Possuíam um carácter frontal, com fachada assinalada pelo pórtico e pelas escadarias de acesso ao templo;
· Eram, geralmente, de uma planta rectangular e tinham só uma cella fechada;
· Encontravam-se orientados no terreno, seguindo o eixo axial da cella, de acordo com a posição tomada pelos áugures para observar o voo das aves, antes da adivinhação;
· Na maioria das vezes não tinham peristilo, pois eram falsamente perípteros, já que as colunas laterais se encontravam embebidas ou adoçadas às paredes exteriores da cella;
· As colunas e o entablamento eram à maneira grega, seguindo uma das ordens, mas possuíam uma função meramente decorativa.

Mais grandiosos eram os santuários, constituídos por vastos recintos abertos para a paisagem, construídos como amplos anfiteatros rodeados de arcadas, atrás das quais havia templos, alojamentos para sacerdotes e crentes, lojas e outras dependências .Foi no período do Império que nos apareceram os exemplos mais magnificentes monumentais da arquitectura religiosa.

Arquitectura e obras públicas
As construções públicas foram o tipo de arquitectura em que os Romanos melhor expressaram o seu engenho técnico e singularidade estrutural. São elas, as que melhor traduzem o desejo de poder e de grandeza deste povo. Abundantes desde o período da República, as obras públicas foram essenciais durante o Império, dada a enorme alargamento territorial e o medrante aumento demográfico a que o Estado teve face.Do tempo da República salientam-se principalmente as grandes obras de engenharia civil, com carácter prático e utilitário: as estradas, as pontes, e sobretudo os aquedutos, indispensáveis para o abastecimento de água às cidades e às termas.O período imperial deu ênfase a construções mais grandiosas e imponentes destinadas à vida pública, cada vez mais complexa, ou ao lazer e divertimento das populações.Destas salientaram-se:
· As basílicas, edifícios tipicamente romanos que se caracterizavam pela sua construção com cobertura m abóbadas de arestas e com cúpulas e semicúpulas sobre as absides laterais.
· Os anfiteatros foram as construções mais populares da arquitectura romana do lazer. Eram de planta circular ou elíptica, sem cobertura, e erguiam-se à altura de vários andares, sustentando-se totalmente a si próprios graças aos complexos sistemas de abóbadas radiais e concêntricas, que sustentavam as galerias sob bancas e a própria arena.
· Os teatro foram semelhantes aos anfiteatros na forma e na decoração exterior, mas de menor porte. Claramente inspirados nos seus congéneres gregos, apresentavam, eles também, características próprias:

¾ Não precisaram de locais apropriados;
¾ Embora fosse ao ar livre, eram fechados em torno de si mesmos.

· As termas. Mais do que simples balneários públicos, os edifícios termais romanos foram importantes locais de encontro e convívio social.

Arquitectura Privada
Menos imponente, mas igualmente genial, foi a arquitectura privada usada pelos Romanos. Esta admitiu duas tipologias distintas, embora com variantes em cada uma delas: a domus e a insula. A domus era o lar tradicional dos Romanos, a casa unifamiliar, privada porque pertencia ao património da família. Apresentou, ao decorrer dos tempos, algumas variações na planta, no tamanho e nos materiais, mas manteve as seguintes características básicas:
· De aspecto modesto, era feita de tijolos e ladrilho cozido com taipa e estuques no interior;
· Geralmente baixa, possuía telhado ligeiramente inclinado para o interior, coberto com telhas de cerâmica;
· Encontrava-se virada sobre si própria, pois não tinha aberturas para o exterior senão a porta principal e, por vezes, uma outra nas traseiras;
· As dependências internas organizavam-se em torno de um ou dois pátios interiores pelos quais se fazia a iluminação e ventilação da casa a circulação das pessoas;
· A decoração interior baseava-se nos pavimentos de mármore policromo ou de mosaicos, e nos belos estuques pintados das paredes das divisões nobres.
As famílias mais abastadas possuíam variantes maiores e mais luxuosas do modelo acabado de descrever, rodeadas de grandes e belos jardins: eram as villae, moradias para os ricos, muitas vezes fora da cidade, num arredor rural aprazível.
A concentração populacional nas cidades durante a época imperial criou a segunda tipologia anteriormente mencionada: as insulae. Estas eram autênticos prédios urbanos para rendimento, destinados a alojar as famílias mais pobres. Continham, em média, três a quatro andares, mas algumas atingiam os oito pisos. O rés-do-chão era geralmente recuado e utilizado para as lojas, abertas para a rua. Nos andares superiores, uma multiplicidade de pequenos apartamentos, indistintos funcionalmente, destinavam-se a albergar outras tantas famílias.As insulae eram construídas com os materiais mais económicos e levantaram problemas urbanísticos semelhantes aos dos actuais prédios citadinos. Sob o ponto de vista arquitectónico, o seu interesse existe:
Na técnica usada para a construção em altura;
Na preocupação funcional da planta, com os apartamentos com acesso, em galeria, ao pátio central, aberto desde o rés-do-chão;
E no tratamento das fachadas, não revestidas, onde se rasgavam fileiras simétricas de janelas, numa antecipação de estilos vindouros.

Arquitectura Comemorativa
O espírito histórico e triunfalista dos romanos levou-os a edificar construções com o fim exclusivo de assinalar, pela sua presença evocativa, as façanhas militares ou políticas dos grandes oficiais e dos imperadores. Estão neste caso as colunas honoríficas e os arcos de triunfo, invenção romana que a arte europeia do século XVIII haveria de ressuscitar.

Urbanismo
Se é muito cedo para falar de urbanismo nestas épocas recuadas, é certo que o planeamento urbano foi uma preocupação do pensamento arquitectónico romano, tido como “materialização do imperium”. Nascido de problemas de ordem político-militar e económica, tomou, um carácter ornamental e monumental.Na capital romana e nas velhas cidades italianas, a preocupação urbanística resumia-se ao traçado das vias principais, que atravessavam as cidades quase em linha recta, e no arranjo dos fóruns, centros políticos, religiosos e económicos das urbes, que representam a síntese da arquitectura e da civilização romanas.

Escultura
A escultura Romana revelou, características realísticas, centradas na personalidade do indivíduo, que lhe advêm das suas raízes estéticas mais profundas da arte etrusca e da arte grega do Helenismo.A civilização etrusca utilizou o retrato realista ao modelar as efígies dos mortos, colocadas nos sarcófagos e nos túmulos. O verismo dessas esculturas é notório na representação da cabeça do falecido.A influência grega chegou através da importação de obras das colónias, em particular da Magna Grécia e da Grécia continental, após a sua conquista pelos Romanos.O retrato romano, normalmente em formato d busto, combinou a tradição etrusco-helenística com o sentimento prático e realista dos Romanos, reproduzindo assim exactamente o modelo.As estátuas e as estátuas equestres seguiram a tradição grega e eram dedicadas ao imperador e aos chefes políticos.
O relevo, subordinado à arquitectura, teve fins ornamentais, comemorativos e narrativos ou históricos – relatando desde a História d Roma até aos pormenores da vida dos homens. Ocupa todos os espaços em estrelas funerárias, sarcófagos, altares, arcos de triunfo, colunas, frisos….Recorreu a técnicas usuais na pintura: explorou a profundidade através da gradação dos planos, em conjunto com os diferentes tipos de relevo – altos, médios e baixo, até ao esmagamento – obtendo belos efeitos de perspectiva e construção especial. O escorço é também uma técnica muito usada, sobretudo nas cenas militares.

Pintura
A pintura é a forma artística que melhor documenta o modo de vida e de ser dos Romanos, narrando em algumas ocasiões o seu quotidiano. Esta apresentada por duas tipologias diferente: a pintura mural, usualmente feita a fresco, que revestia as paredes interiores dos edifícios; e a pintura móvel, realizada a encáustica ou têmpera, geralmente sobre paneis de madeira. As origens da pintura romana remontam aos Etruscos, que tinham por hábito revestir as paredes dos templos e dos túmulos, construídos com terracota ou madeira, com frescos que, para além de adornarem os edifícios atribuindo-lhes carácter simbólico, ajudava na sua conservação.A influência egípcia faz-se também sentir na arte do retrato. Revela-se tal como na escultura, nas efígies que evocam os defuntos. Esta arte é, abundante no Egipto romano.A influência grega é mais difícil de caracterizar esteticamente devido aos escassos vestígios pictóricos helénicos. Algumas referências foram situadas no período da colonização da Grécia pelos Romanos.A estas influências, a pintura romana acrescenta o sentido prático, documental e realista dos RomanosQuanto aos conteúdos, a pintura romana divide-se nas seguintes temáticas básicas:
A pintura triunfal, que incide sobre cenas históricas, usadas com funções políticas, documentais e comemorativas;
A pintura mitológica, talvez a mais abundante, que incide sobre os mitos e mistérios da vida dos deuses e na representação das suas figuras;
A pintura de paisagem, que se inspira na Natureza e se reveste de um carácter bucólico e poético;
As naturezas-mortas e as cenas de género, que são pequenas obras-primas de realismo técnico e atenção ao pormenor;
Os retratos, tão caros aos Romanos que cultivam o individualismo, e sempre abundantes nas casas romanas
Os Romanos utilizaram a pintura em edifícios públicos, religiosos, oficiais e privados, desde a República, mas mais acentuadas na época imperial, com funções alegóricas e simbólicas, mas sobretudo decorativas.

Mosaico
A tradição do mosaico está ligada à da pintura e é desta arte que retira o estilo e o colorido. Este é formado por pequenas tesselas de materiais coloridos, aplicadas sobre a argamassa fresca que cobria os locais de suporte – primeiramente apenas o chão, depois também as paredes exteriores e ate os tectos d pequenas cúpulas.Ao que se pensa, a técnica e o estilo dos mosaicos romanos são de tradição oriental, egípcia e grega. No entanto, apesar da forte herança helenística, é com os Romanos que esta arte ganha importância decorativa desenvolvendo uma notável qualidade de execução.

Trabalho realizado por:
Mª de Fátima Rodrigues Nº20 10ºL


Foi do povo romano que herdamos uma sucessão de caracteristicas culturais como por exemplo o direito romano que actualmente ainda se exerce na cultura oriental, o latim que deu origem à língua portuguesa, francesa, italiana e espanhola e a numeração. É também pela sua atitude perante a sociedade e pela vontade de poder que sobresairam no tempo e na história.
Desenvolvimento Através da explicação mitologica, o povo romano declarou que dois gemeos, Rômulo e Remo, foram deitados ao rio Tibre, na Ítatia, e resgatados por uma loba que os amamentou e posteriormente criados por um casal de pastores. Já adultos, retornam a cidade natal, Alba Longa, e foram ganhando terras para mais tarde fundarem uma nova cidade que seria Roma.

Por outro lado, os historiadores, defendem que a fundação de Roma resulta de uma mistura de três povos que habitaram a região da Península Itálica: gregos, etruscos e italiotas. A economia desenvolvida era baseada na agricultura e nas actividades pastoris. A sociedade, nesta época, era formada por patrícios ( nobres proprietários de terras ) e plebeus ( comerciantes, artesãos e pequenos proprietários ), o sistema político era a monarquia (753 a.C a 509 a.C). A religião neste período era politeísta, adoptando deuses semelhantes aos dos gregos, porém com nomes diferentes.

A partir de 509 a.C. o sistema político passou a ser republicano e o seu primeiro dirigente foi o tão célebre e notável Júlio César. Neste período o senado Romano ganhou grande poder político e os cargos administrativos eram repartidos por especíalistas em particular.

Em seguida do dominimo de toda a península itálica, os romanos com um bom exército e diversos recursos vencem os cartagineses nas Guerras Púnicas (século III a.C). Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo que foi adoptado pelos Romanos como Mare Nostrum. Alargando as suas conquistas acabaram por dominar Grécia, Egipto, Macedônia, Gália, Germânia, Trácia, Síria e Palestina o que fez com que a estrutura de Roma passasse por algumas mudanças. O império romano passou a ser muito mais comercial do que agrário e os povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. Com o crescimento da cidade cresceram também problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego o que fez com que os desempregados migrassem para as cidades romanas em busca de uma maior luxuria nas suas vidas. Para evitar uma revolta da parte do povo, o imperador criou a politica do Pão e Circo que oferecia aos romanos alimentação, diversão e esquecimento dos problemas urbanos. Nas artes, os Romanos plagiaram muitos aspectos da cultura Grega a todos os níveis, arquitectonicos e em relação à pintura. Todavia destacava-se na pintura a pintura de afrescos, murais decorativos e esculturas (também de influências gregas) e na arquitectura, a arquitetura religiosa que desempenhou funções simultaneamente religiosas, políticas e sociais, onde se distinguiam os templos, os santuários e os altares e em construçoes publicas onde melhor expressavam o seu engenho tecnico e originalidade estrutural. A meados do século III a corrupção manifestada em todo o governo, fez-se sentir com a decadência de toda a força e influência que fazia dos Romanos o cumulo da supremacia.

Principais imperadores romanos : Augusto (27 a.C. - 14 d.C), Tibério (14-37), Caligula (37-41), Nero (54-68), Marco Aurelio (161-180), Comodus (180-192). Principais deuses romanos : Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus, Ceres e Baco.

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