domingo, 16 de maio de 2010

Sé de Braga




Índice


Página

Índice ……………………………………...................................... 1

Introdução ……………………………………............................... 2

História …………………………………….................................... 3

Templo Principal ……………………………………...................... 4

Outras Estruturas …………………………………….................... 5

Cronologia ……………………………………............................... 7

Glossário ……………………………………................................. 9




Introdução


A Sé de Braga é um dos muitos monumentos portugueses de estilo Românico. Localiza-se na freguesia da Sé, na cidade de Braga, em Portugal .

Assenta sobre as bases de um antigo mercado ou templo romano dedicado a Isís, e muros de uma posterior Basílica Paleo-Cristã, das quais só restam três após a Reconquista .

Nesta catedral encontram-se os túmulos de Henrique de Borgonha e sua mulher, Teresa de Leão, os condes do Condado Portucalense, pais do rei D. Afonso Henriques.



2




História

Em 1128 começaram as obras de um edifício de cinco capelas na cabeceira, por iniciativa de D. Paio Mendes, que foi parcialmente destruído pelo terramoto de 1135.
Este edifício respeitava os cânones arquitectónicos dos Beneditinos clunicenses, os quais foram dirigidos por Nuno Paio .

Os mais antigos são os absidíolos, hoje no exterior norte, e talvez alguns elementos do transepto. Em 1268 as obras ainda não estavam concluídas.

O edifício continuou a ser modificado com algumas intervenções artísticas, sendo particularmente significativa a galilé, mandada construir, na fachada, por D. Jorge da Costa nos primeiros anos do século XVI e que viria a ser concluída por D. Diogo de Sousa. Este último mandou fazer as grades que agora a fecham, tendo ainda alterado o pórtico principal, (destruindo duas das suas arquivoltas) e mandado executar a abside e a capela-mor, obra de João de Castilho datada no início do século XVI.

Em 1688 destacam-se as obras do arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles, que modificou toda a frontaria ao gosto barroco, mandando executar também o zimbório* que ilumina o cruzeiro*.




3




Templo Principal


O templo românico definitivo tinha uma fachada habitual neste estilo, ladeada por duas torres sineiras onde se abre o portal principal. O interior é de três naves, com seis tramos* e com cobertura de madeira, transepto desenvolvido e uma cabeceira com a abside rodeada por dois absidíolos.

Os elementos essenciais desta traça ainda hoje se conservam com excepção da cabeceira. O essencial da escultura românica da Sé sobreviveu até hoje, estando concentrada nos portais principal e lateral sul, a chamada Porta do Sol, e nos capitéis do corpo do templo.

A igreja possui dois órgãos de tubos: o órgão do Evangelho, de 1737 e o órgão da Epístola, de 1739, obras de Simão Fontanes e decorados em talha da autoria de Marceliano de Araújo.





4


Outras Estruturas

A Sé de Braga têm outras estruturas que a compõem para além do Templo principal, que são :

- A Capela do Geraldo, que foi mandada construir pelo arcebispo Geraldo de Moissac, em honra de são Nicolau.


- A Capela dos Reis , mandada fazer pelo arcebispo de Braga D. Lourenço Vicente para honrar a Virgem.
Na capela dos reis estão os túmulos dos pais de D. Afonso Henriques, Conde D. Henrique, e D. Teresa, além do túmulo de D. Lourenço Vicente.




- A Capela de Nossa Senhora da Glória , que foi mandada construir pelo arcebispo D. Gonçalo Pereira para seu monumento funerário.


- A Capela de Nossa Senhora da Piedade, foi construída pelo arcebispo D. Diogo de Sousa, em 1513, e onde está o seu túmulo.


- A Igreja da Misericórdia de Braga .

- O Carrilhão, o primeiro da Sé de Braga foi inaugurado no século XVII. Ao longo dos séculos, os Arcebispos de Braga acrescentaram novos sinos, tornando o carrilhão da Sé de Braga num dos maiores de Portugal.



5


- O Claustro foi construído no século XIX substituindo outro anterior, gótico, e que já no século XVIII ameaçava ruir. Existe outro claustro anexo mais antigo, chamado dos Reis, porque aqui se sepultaram os Reis Suevos, segundo antiquíssima tradição.









6





Cronologia


- Séc. XI - Construção de uma igreja episcopal sob a iniciativa do bispo D. Pedro (1070-1091), sobre os restos de um grande edifício romano e outro da Alta Idade Média;

- 1089 - Sagração da mesma; 1096 / 1108 - construção da capela de S. Geraldo;

- 1118 / 1137 - início da reconstrução da Sé sob a iniciativa do arcebispo D. Paio Mendes;

- 1135 - Derrocada das torres por acção de terramoto;

- 1210 - D. Sancho I legou à Sé 2 mil morabitinos;

- 1212 / 1228 - Reparações na sacristia e claustro e reconstrução da capela de S. Geraldo;

- 1326 / 1348 - D. Gonçalo Pereira manda construir a capela tumular, conhecida como capela da Glória, junto à de S. Geraldo, bem como pintar o coro;

- 1374 - D. Lourenço Vicente manda construir, junto da parede norte da Sé, no local onde estavam sepultados os condes D. Henrique e D. Teresa, uma capela, a capela dos reis;

- Séc. XV - Data do túmulo do infante D. Afonso de Portugal, filho de D. João I;

- 1416 / 1467 - D. Fernando da Guerra dotou e restaurou a Biblioteca, bem como a capela de S. Geraldo;

- 1486 / 1501 - Construção da galilé;

- 1505 / 1532 - O arcebispo D. Diogo de Sousa procede a melhoramentos no portal axial, retirando-lhe 2 arcadas e o mainel; reconstrução da capela-mor, sob desenho de João de Castilho; construção de retábulo em pedra de ançã; restauro das torres; reconstrução do claustro; restauro da capela de S. Geraldo;


7



- 1513 - Construção da capela de Jesus da Misericórdia (Nª Sª da Piedade);

- Séc. XVII, finais - Construção da sacristia grande;

- 1704 / 1728 - Reforma ordenada por D. Rodrigo de Moura Teles; remodelação das capelas laterais; remodelação da capela de S. Geraldo; aplicação de talha dourada; execução de janelas para maior entrada de luz; execução de um zimbório no cruzeiro e uma cúpula junto ao coro-alto; reforma das duas torres da fachada;

- 1721 - Transferência das grades da capela-mor para a galilé;

- 1737 - Data do cadeiral;

- 1737 / 1738 - Construção dos órgãos por Frei Simon Fontanes com a colaboração de Marceliano de Araújo;

- 1755 - Terramoto provoca fendas nas torres;

- 1758 / 1789 - obras no claustro; destruição do retábulo da capela-mor;

- 1930 - Criação do Museu de Arte Sacra.




8





Glossário*

Cruzeiro - é o espaço situado na intersecção da nave central com o transepto nas igrejas ou catedrais cristãs que apresentam uma planta em forma de cruz romana.





Tramo - é uma unidade rítmica, formada por uma abóbada e seus elementos de descarga de força.
É definido transversalmente por dois arcos torais ou dobrados; longitudinalmente, por dois arcos formeiros, que separam a nave principal das laterais, e por arcos cruzeiros, que formam as arestas ou nervuras da abóbada.


Transepto - é a parte de um edifício de uma ou mais naves que atravessa perpendicularmente o seu corpo principal perto do coro e dá ao edifício a sua planta em cruz. O cruzeiro é a área de intersecção dos dois eixos.





Zimbório - é o nome dado à cúpula, em geral circular ou octogonal, das igrejas de grande dimensão .


9



Trabalho Realizado por :

Catarina Cabral de Quadros

Nº1 10ºL

Sem comentários:

Enviar um comentário